sábado, 27 de agosto de 2011

MAIS PROBLEMAS NO ÚBERE DAS VACAS: úlceras da lactação

ÚLCERAS DA LACTAÇÃO
Esse problema se tornou mais frequente do que antes e alguns fatores têm contribuido para isso. O aumento do número de animais nas propriedades e a presença da mosca do chifre (Haematobia irritans) como principal vetor, são os fatores que mais contribuem para o surgimento do problema.
Essa lesão é causada pelo nematoda stephanofilária SP, que é transmitida principalmente pela mosca do chifre.
 Isso  ocorre da seguinte forma: a mosca ao se alimentar em uma ferida dessas acaba se
 contaminando com o verme (microfilarias).
  No sistema digestivo da mosca as microfilárias evoluem e vão se localizar na saliva sendo liberadas na proxima vaca que essa mosca for se alimentar.  As lesões também podem aparecer em outras partes no corpo dos animais.Portanto nem  todas as moscas serão transmissoras, a não ser as que estão com suas glândulas salivares contaminadas. Com certeza o problema aumenta no verão junto com o aumento da população de moscas. Voltando um pouco no tempo, essas moscas entraram no Brasil entre 1977 e 1978  e sendo identificadas  no  Rio Grande do Sul e Santa Catarina no ano de 1991. Foi então que aparir daí notou-se um aumento dessas lesões.   Outra questão que explica porque essas lesões acontecem no úbere e pernas das vacas é que os produtores costuman usar subdosagens de inseticidas pour-on (colocados no lombo da vaca). Nesse caso o produto não atinge as partes baixas do animal e as moscas então se deslocam para onde não tem o produto. Outro fator é o local da pele estar mais úmido proximo ao centro do úbere ficando a pele mais vulnerável. Lesões recentes serão mais fáceis de cura, porém as antigas serão difíceis pela dificuldade de formar nova pele sobre um tecido já fibrosado.  Em alguns casos mesmo com tratamento eficaz o ferida não fecha pela dificuldade de regeneração dos tecidos lesados. Aqui temos usado pomadas à base de organofosforados (Neguvon pó + pomadas) com bons resultados. Ivermectinas funcionam bem, mas tem que observar a carência do produto. O maior problema dos produtores ainda é saber o pesso do animal e aplicar as dosagens corretas.





Essa vaca tinha o hábito de lamber a lesão o que dificultava ainda mais a cura e em alguns momentos até sangrou. Resolvemos deixá-la presa até melhorar

Lesões muito frequentes nessa região dos cascos 



















Aqui uma lesão antiga de difícil cicatrização, embora não tenha mais o parasita.

Um comentário:

  1. Boa tarde participantes e leitores do Blog. Trabalhamos com dois produtos que têm resolvido o problema citado, cujo diagnóstico mais comum é ESTEFANOFILARIOSE, co aplicações tópicas associadas a administração oral. Segue abaixo protocolo sujestivo:
    Ricinus Assept durante 6 dias consecutivos;
    Associar Ricinus com Triclorsil (Triclorfon) no sétimo dia, e retomar nos próximos 6 dias a Ricinus sem associação.;
    No dia da associação, fornecer Triclorfon via oral na dosagem de bula.
    Se houver necessidade, nos caso de extrema infestação por moscas, aplicar Max Prata ao redor da ferida.
    Temos tido feed backs de clientes e veterinários relatando cura completa em 14 - 21 dias de tratamento.
    Caso necessário, podem entrar em contato diretamente por e-mail (andrecokely@gmail.com).

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